Itacaré é uma pequena cidade ao sul da Bahia, a alguns quilômetros de Ilhéus — a cidade mais próxima que tem aeroporto — e é conhecida por ser um destino internacional de surfistas.
Há 21 anos eu estive em Itacaré, e recentemente voltei a ouvir bastante sobre suas praias. Apesar de ter ido à Bahia outras três vezes ao longo dos anos, ainda não tinha retornado para lá. Depois de alguns sentimentos relevantes, senti que era a hora de voltar. Pesquisei passagens, encontrei a mais barata para dali a 15 dias e resolvi comprar. A viagem estava planejada!
Assim como a ida, a volta também foi definida pelo valor da passagem, e acabou que minha viagem durou 9 noites.
Para mim, nada é mais excitante que uma viagem à praia, onde faço o que mais amo: passar os dias de biquíni e pouca roupa. Como de costume, comecei a seguir alguns perfis da cidade no Instagram, escolhi um hostel bem avaliado e bem localizado, e deixei para arrumar minha mala um dia antes da viagem.
Eu estava um pouco apreensiva porque não encontrei informações claras de como ir do aeroporto de Ilhéus para Itacaré sem ser de transfer, que custava R$200 — e eu não queria pagar. Mas, chegando a Ilhéus, fui direto ao terminal rodoviário e achei um ônibus que faz o trajeto por R$31 em 1h40. Deu tudo certo. Cheguei a Itacaré por volta das 20h, caminhei do terminal até o hostel, troquei de camiseta e já fui para um bar. Era domingo e chovia, mas mesmo assim passei a primeira noite no bar Favela.
Os 10 dias em Itacaré foram como eu esperava: encantadores. A cidade é pequena, mas cheia de restaurantes, bares e lojas, e todas as noites tem uma festa para ir. Em alguns dias, até duas. Para minha surpresa, muitas eram de samba — eu esperava mais forró, por gosto pessoal mesmo. Existem cinco praias próximas da cidade, uma acessível por uma trilha de 40 minutos e outras mais distantes, que exigem ônibus e caminhada. Todas são maravilhosas, como já imaginava. A maioria é de surf, então surfistas estão sempre indo e vindo, além de turistas fazendo aulas de surf com os muitos instrutores locais.
Durante a viagem, escolhi apenas curtir a cidade, as praias e as festas todos os dias. Há outros passeios, mas nem fui atrás. Fiz amizade com pessoas do hostel, conheci gente nas trilhas, praias, restaurantes e festas, e ganhei novos amigos de viagem com quem me conectei pelo Instagram.
Foi tudo perfeito, exatamente como eu esperava e precisava. Agora ficam as lembranças das praias, do calor, da música — e também a minha recomendação para que você, um dia, viva Itacaré do seu jeito. Se possível, faça como eu: passe alguns dias sem muito planejamento, sem pressa, de chinelo e aberta para o mundo.